Olá amigos, andei sumidinha, mas as mamães de plantão com certeza entendem que o cansaço não nos deixa fazer tudo que gostaríamos. Vontade de postar toda hora eu tenho, mas tempo pra poder sentar, me inspirar e escrever tudo o que quero tá ficando cada vez mais difícil. Minha tilili anda numa animação geral, é tanta energia, enfim, quando ela dorme, eu já to pifando de tanto cansaço. Mas venho pensando muito num tema que nos aflige desde que descobrimos a gravidez: a temível hora de colocar nossas fofuras em escolinhas. Precisamos trabalhar, mas nosso coração dói só de pensar nessa difícil hora. Eu tive o privilégio de poder ficar 6 meses em casa de licença maternidade, e quando precisei voltar, fui abençoada pelo fato da minha sogra pedir pra ficar com ela ao invés de colocá-la em um berçário. Fiquei muito, mas muito aliviada, pois as vovós são tudo de bom. Eu tive a sorte de ter a minha sogra cuidando, e muito bem, da minha lindinha até ela completar 1 ano e 5 meses. Então decidimos colocá-la numa escolinha, por vários motivos. Confesso que fiquei com o coração na mão, chorei, fiquei sem dormir, pensei em voltar atrás, mas a decisão envolvia muito mais do que somente a minha vontade.
Não posso colocar minha filha de volta na barriga, nem em uma redoma de vidro, então é meu dever prepará-la para o mundo. Conviver em sociedade é fundamental, e acho muito importante e estimulante o convívio com outras crianças, pra ir aprendendo que o mundo não gira em torno dela, que existem outras crianças, outros lugares, e até pra aprender a se defender. Quero que ela aprenda a lidar com frustrações, e em casa, protegida, mimada, paparicada não dá. Senão, na primeira vez que alguém lhe disser não, na primeira frustração, no primeiro obstáculo, ela quebra. Quebra psicologicamente. Quebra emocionalmente. Não quero isso para a minha filha. Então, com o coração partido, levei minha pequena para o maternal.
Foi a melhor coisa que fiz. Ela desenvolveu muito mais, o estímulo foi ótimo. A sua adaptação foi um pouquinho complicada no início, como para a maioria das crianças, mas nada traumático. Então quero compartilhar algumas dicas com vcs, que poderão ajudar nesse processo, e algumas foram passadas pela escolinha dela:
- Primeiro de tudo, achar uma escola em que você se sinta segura, confortável. A intuição, o coração de mãe ajuda bastante neste processo, além de um senso crítico apurado, boa observação e indicação de quem conhece a instituição. Confiar na escola é importantíssimo, para que a criança possa se sentir segura no novo local e na nova fase da sua vidinha. Crianças são espertas e sensíveis, e se estamos inseguras, passamos toda essa sensação para eles.
- Para encarar melhor esse momento. tente enxergá-lo como um processo de amadurecimento necessário ao seu filho. Essas pequenas separações fazem parte do crescimento da criança.
- Não mude a rotina na sua casa para não traumatizar a criança. Não combine e entrada na escola com retirada de fraldas, chupetas, mudança do local de dormir, etc.
- Muita atenção na hora das despedidas. Eu mesma fazia um drama enorme e não percebia que passava toda essa ansiedade e tristeza para a minha filha. Não minta para seu filho, e não tente ir embora sem se despedir, pois pode quebrar a relação de confiança, gerando medo na criança de ser abandonada na escola. Se possível, tente não chorar na frente do seu filho, e encare o choro dele como algo inerente ao momento e ao processo.
- Evite comentários negativos sobre a escola na frente deles. Eles captam tudo, são radares.
- É uma caixinha de surpresas. A criança pode se adaptar bem no começo, e depois regredir. Ficar bem em uma semana, e na outra apresente dificuldades. Volta de férias, feriados e fins de semana podem ser complicados. Compreensão, paciência e diálogo são fundamentais. Cuidado com as chantagens emocionais.
- Doenças fazem parte do pacote, sinto dizer. Eles vão ter contato com outras crianças, vão adoecer, e não adianta fazer nada além de levar ao médico, cuidar direitinho, seguir as orientações, dar as medicações corretamente e dar muito carinho. É importante que a criança fortaleça seu sistema imunológico ao longo da vida, e se ela viver dentro de uma bolha, longe de toda e qualquer contaminação, no dia que sair da bolha e pegar a primeira gripinha.....é complicado!!!!!!!
- Não se culpe pelas circunstâncias. Faça o seu melhor, e pronto. Ser mãe é um eterno estado de agonia e preocupação, mas ainda assim é o paraíso. Para mim é, com certeza!!!!!!!!
Então meus caros, o que posso dizer é que toda a aflição do início passa, ameniza, e a recompensa é muito boa. Quando você vê sua filha, o seu filho, desenvolvendo, falando mais, começando a construir frases, cantando musiquinhas, tentando te ensinar brincadeiras novas, é muito gratificante. Depos vcs me contam, ok? Ah, e por favor, incrementem as dicas, quem puder contribuir, ficarei muito feliz!!!!!
Bjs a todos, e um Feliz 2012!!!!!!!!!!!!!!!
